O que és tu?

É uma resposta que não consigo dar a mim mesmo! Serás uma vontade minha, um capricho? Fazes-me bem, é certo! Mal, já não consegues, isso já passou. Então o que és?

É coisa que não consigo descobrir. Talvez eu gostasse que fosses algo que não és! Algo, gira esta palavra, provavelmente pensarás que te trato como um objecto, mas pessoalmente, prefiro pensar que te trato como uma entidade.

Serás um sonho meu, um desejo? Não deve andar muito longe disso, por um lado, por outro, serás uma utopia que tenho.

Por vezes lembro-me de momentos, incluindo momentos quase mágicos. Como gostaria de voltar atrás e corrigir o quase.

Não posso, com muita pena minha, mas não posso!

São alturas da vida em que mais valia ficar quieto, em que tento perfeição, mas que deveria nem sequer tentar! Em que almejo tal coisa. Logo eu, quem sou eu para almejar a tanto? Posso sim, tentar o melhor possível.

Tentei!

Quero que saibas isto, simplesmente porque quero! Não to consigo dizer, porque me enebrias os sentidos e quando to posso dizer perco-me em milhões de inutilidades ou simplesmente, porque tenho receio da tua reacção!

Não deveria, não passas de uma pessoa em carne e osso, igual a mim ou a tantas outras.

Mas tenho, até porque certamente és um sonho meu e tenho receio (talvez medo), que te transformes em pesadelo.

Seja como for, mal já não me farás. Não que me tenhas feito, pelo menos com esse propósito, mas foi uma fase muito má que passei e estendeu-se a todas as pequenas coisas que me rodeavam.

Acima de tudo fico triste por mim e por ti, por me teres conhecido num mau momento.