Para aqui vêm coisas que me apeteçam e que não me apeteçam também. O que achar que deva pôr, ponho! :)

15 março 2008

Tenho um tristeza dentro de mim

que me altera por completo, que me abala, que me consegue deixar desligado do mundo.
NÃO! NÃO! NÃO!
Não quero mais notícias assim! Não quero saber que existe um mundo em que os acontecimentos possam ser assim!
Quero poder mexer cordelinhos ou botões e poder voltar atrás para mudar umas coisinhas, ou avisar alguém, ou apenas correr atrás de uma borboleta e levá-la a bater as asas mais cedo, ou mais depressa... qualquer coisa... quero, apenas, que isto não aconteça.
Ruiu o segundo pilar que me poderia evidenciar que a Vida poderia não ser completamente imperfeita! A Vida é completamente imperfeita.
Tento e não consigo exprimir-me e demonstrar a raiva, frustação, decepção, tristeza, desanimo que circula por mim. Quero e preciso de chorar e não consigo. Quero sentir todo este momento como uma pessoa normal e não consigo! Sinto-me letárgico com tudo o que se passa. Não pode ser suposto estas coisas acontecerem.
Param-me na rua e tentam-me convencer a acreditar numa suposta Entidade, à qual tenho de apelar pela Fé e coisas dessas. Não, não me estou a questionar crenças, minhas ou de outrem, estou apenas a demonstrar o porquê de não as ter. Ninguém no seu perfeito juízo, teria semelhante pensamento que isto poderia acontecer e deixar correr como se nada fosse. Muito menos ele (que é costume ser escrito com E), que segundo me dizem até é bonzinho e tudo.
Não, não me viro para aí, viro-me para dentro de mim e procuro recordar todos aqueles Sábados à tarde (principalmente) e fins-de-semana (no geral) e viver todos os pequenos momentos outra vez e com a mesma intensidade. E mesmo com uma necessidade urgente de chorar, sem querer consigo esboçar um sorriso e sei que vocês também. E sorrirei sempre que me apetecer e em qualquer momento e sinto-me confortável por eu e vocês sabermos disso.

2 comentários:

Fi disse...

Não sinto raiva nem revolta.
Não quero e n posso.
Pensa bem, fecha os teus olhos e vai ler a tua memória, no livro q tiveste o prazer de partilhar e escrever com eles...encontras lá esses sentimentos?
Não melo, de certesa q n! Fechas os olhos e, como eu, sorris...ouves gargalhadas, vês sol e mta cor, uma alegria tremenda em viver como se n ouvesse amanha, tocar tudo e todos de forma alegre, positiva, inesquecivel, não deixar palavras por dizer, nem abraços e beijos por dar.
Não consigo verbalizar a dor q sinto, mas acredita, no meu coração não há ausencia de luz..tenho a sorte q muitos n tiveram..a vida, Deus, presentiou-me com os pais mais maravilhosos q poderia sonhar. Sim...Deus...de q outra forma poderia tudo isto fazer sentido. Pensa nisto, "aquilo q Deus une, nem a morte pode separar".
O meu pai n poderia cá ficar sem ela...não merecia.

A mim...apetece-me viver! Viver como eles viveram. Ser o q eles foram, amar como eles amaram até que, qdo chegar a hora de os ver outra vez, deixar marcada a minha presença nesta terra em milhares de boas memórias e da forma linda com q eles o fizeram!

Legados nao morrem, subsistem!

Sou, com o peito a rebentar de orgulho, a filha da Isabel e do Rui

Anônimo disse...

Minha querida Filipa.... Impossível não deixar que as lágrimas caiam enquanto leio estas tuas palavras que são escritas directamente do coração. Sei que de onde os teus pais estão, de mão dada, sorriem por verem que as suas maiores obras são um orgulho e uma fonte de força.

Ao mesmo tempo que tudo isto revolta e deixa um buraco no peito, também agradeço todos os dias por ter tido a sorte da minha vida ficar mais rica por conhece-los... Meu Deus... Que saudades... Do riso sempre sincero do Rui e das conversas com a Isabel... Que vontade de lhes dizer o quanto eram um exemplo de amor.

Não pára de me vir à cabeça as recordações na praia, as festas de anos, os almoços, a ultima vez que os vi...

Viveram sempre um para o outro e também agora estão juntos, de mão dada a passear.

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