Fui ontem ao São Luís ver o jogo do S. C. Farense. Já não ia há muito tempo, tinha medo, confesso. Tinha de ser ontem, um jogo entre o S. C. Farense e a A. A. U. Alg. no Estádio de São Luís. Os dois clubes que mais me marcaram no Algarve, um por ter sido/ser adepto e sócio e outro por ter sido jogador (acredite-se ou não).
Ao contrário do habitual fiquei sentado na bancada dos sócios, sem querer, sentado na mesma cadeira em que estava sentado na noite em que mais vibrei com um jogo do Farense. Foi um jogo memorável com o F. C. Porto, que resultou num 3 a 3 final, podia ter sido mais memorável ainda se por acaso o Everson naquele lance algures nos útimos 5 minutos, ou tivesse marcado golo com aquele pontapé acrobático que passou por cima da barra, ou se tivesse metido no Hassan que estava ao seu lado, que esse sim não falhava. Mas, pronto.
Ontem estava lá, olhava para o banco dos suplentes, via o Capitão (Carlos Costa) a dar os comandos para o relvado e só me vinham à memória os tempos em que ele fazia esses mesmos gestos, mas enquanto cortava uma bola com peito e saía a jogar ou lançava a bola para o Hassan arrancar e correr com aquele seu jeito inconfundível. Bons tempos... Programa de Domingo à tarde, acordar à pressa, comer qualquer coisa, vestir qualquer coisa, pegar no cachecol, sair de casa e ir em passo apressado até ao S. Luís (que a malta às vezes ainda tinha de ir pagar as cotas e sempre ir comprar o bilhete), sentar na bancada Nova na linha de meio campo e a meia altura, tentar descobrir se o hino do Farense (“… à vitória, Farense, à vitória…”) seria tocado na totalidade enquanto entravam as equipas, passar por todo um rol de sentimentos durante o jogo, ir para casa mais satisfeito ou não e passar o resto do dia a rever mentalmente o jogo todo.
Ontem e como em todos os outros dias lá estavam os South Side na bancada Sul, incansáveis como sempre a cantar (“…Força Farense, fajum golo…”) e a puxar pelo Farense, músicas antigas, cantei-as todas mentalmente, músicas novas, surpreendi-me ao ouvir músicas novas. Sempre a demonstrarem um amor pelo clube, capaz de por em dúvida o amor que muitas claques por esse país fora sentem pelos respectivos clubes.
Recordei muitos momentos de felicidade e infelicidade, o primeiro jogo (Farense 0 x Gil Vicente 3, à chuva e com o Casquilha que em tempos foi rei no Mirense), o jogo da manutenção contra o Belenenses (vitória por 2 a 1), o regresso do Paixão ao S. Luís (num jogo da taça contra o Imortal), o regresso do "derby" contra o Olhanense, com direito a “Streaker”, o último jogo na 1ª divisão (outra vez contra o Gil Vicente, mas com uma vitória por 3 a 2), tantos jogos e momentos me vieram à cabeça…
Ontem não ouvi o hino, nem levei o cachecol, cheguei apenas na segunda parte, já o Farense ganhava por 2 a 0, ainda vi 2 bolas na barra da baliza da Académica e o 3º golo do Farense. Voltei a comemorar um golo do Farense no São Luís, voltei a comemorar uma vitória do Farense no S. Luís, mas sempre com grande tristeza e um aperto no coração.
Ao contrário do habitual fiquei sentado na bancada dos sócios, sem querer, sentado na mesma cadeira em que estava sentado na noite em que mais vibrei com um jogo do Farense. Foi um jogo memorável com o F. C. Porto, que resultou num 3 a 3 final, podia ter sido mais memorável ainda se por acaso o Everson naquele lance algures nos útimos 5 minutos, ou tivesse marcado golo com aquele pontapé acrobático que passou por cima da barra, ou se tivesse metido no Hassan que estava ao seu lado, que esse sim não falhava. Mas, pronto.
Ontem estava lá, olhava para o banco dos suplentes, via o Capitão (Carlos Costa) a dar os comandos para o relvado e só me vinham à memória os tempos em que ele fazia esses mesmos gestos, mas enquanto cortava uma bola com peito e saía a jogar ou lançava a bola para o Hassan arrancar e correr com aquele seu jeito inconfundível. Bons tempos... Programa de Domingo à tarde, acordar à pressa, comer qualquer coisa, vestir qualquer coisa, pegar no cachecol, sair de casa e ir em passo apressado até ao S. Luís (que a malta às vezes ainda tinha de ir pagar as cotas e sempre ir comprar o bilhete), sentar na bancada Nova na linha de meio campo e a meia altura, tentar descobrir se o hino do Farense (“… à vitória, Farense, à vitória…”) seria tocado na totalidade enquanto entravam as equipas, passar por todo um rol de sentimentos durante o jogo, ir para casa mais satisfeito ou não e passar o resto do dia a rever mentalmente o jogo todo.
Ontem e como em todos os outros dias lá estavam os South Side na bancada Sul, incansáveis como sempre a cantar (“…Força Farense, fajum golo…”) e a puxar pelo Farense, músicas antigas, cantei-as todas mentalmente, músicas novas, surpreendi-me ao ouvir músicas novas. Sempre a demonstrarem um amor pelo clube, capaz de por em dúvida o amor que muitas claques por esse país fora sentem pelos respectivos clubes.
Recordei muitos momentos de felicidade e infelicidade, o primeiro jogo (Farense 0 x Gil Vicente 3, à chuva e com o Casquilha que em tempos foi rei no Mirense), o jogo da manutenção contra o Belenenses (vitória por 2 a 1), o regresso do Paixão ao S. Luís (num jogo da taça contra o Imortal), o regresso do "derby" contra o Olhanense, com direito a “Streaker”, o último jogo na 1ª divisão (outra vez contra o Gil Vicente, mas com uma vitória por 3 a 2), tantos jogos e momentos me vieram à cabeça…
Ontem não ouvi o hino, nem levei o cachecol, cheguei apenas na segunda parte, já o Farense ganhava por 2 a 0, ainda vi 2 bolas na barra da baliza da Académica e o 3º golo do Farense. Voltei a comemorar um golo do Farense no São Luís, voltei a comemorar uma vitória do Farense no S. Luís, mas sempre com grande tristeza e um aperto no coração.
Parabéns grande S. C. Farense.
Nota: http://www.youtube.com/watch?v=tDKAqEcgmeM, neste endereço está uma das coisas que os South Side fazem pelo Farense, apesar de este andar pelos relvados da segunda divisão distrital.
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